domingo, 20 de junho de 2010

Replicação 5 - REFLEXÃO: 17 DE Junho

Na quinta sessão de replicação realizada no dia 17 de Junho, abordou-se a Escrita e a Sequência Didática. Em relação à competência da Escrita, foi dado a conhecer o GIP e algumas das orientações lá registadas. Relembrando as fases processuais da escrita, os docentes foram sensibilizados para a importância da escrita em sala de aula e para o papel do professor – mediador, redactor e modelo – no desenvolvimento da produção escrita dos alunos.
Com efeito, o professor deve ouvir as ansiedades, as dúvidas, os pedidos de ajuda dos alunos em relação ao que eles querem comunicar, por escrito, e o modo como o devem fazer. Deve também ouvir ler, sugerir (apresentando várias alternativas), interessar-se e orientar todo o processo, sem imposições e exigências: “Quem escreve precisa de referências a situações concretas ou de exemplos”.
A produção, a partilha e o diálogo entre os diversos intervenientes no processo de escrita, estando incluído o professor que deve também produzir com os alunos – respeitando a planificação, textualização, revisão (relendo e rescrevendo) – são recomendações pedagógicas importantes neste documento. Proporcionar aos alunos ambientes promotores do desenvolvimento e da aprendizagem da linguagem escrita suscitou a divulgação de algumas actividades levadas a cabo pelos docentes presentes em consequência de uma sessão de replicação anterior sobre a escrita. Facto este que me agradou, pois os colegas já estão a pôr em prática aquilo que têm aprendido, a tal mobilização de conhecimentos. A necessidade de cumprir o programa, em especial para os alunos do 6.º e 9.º anos, não os levou a trabalhar, tanto quanto desejavam, todas as fases processuais da escrita. A revisão era feita (pelo professor, claro) em casa, com as conhecidas anotações para a rescrita. Ora, esta foi uma excelente oportunidade para mostrar o depoimento da página 31 do GIP. Foi, por isso, importante realçar a interacção dialógica, que deve acontecer: deve ser dada aos alunos a liberdade para se expressarem, por escrito ou oralmente, sobre as produções dos colegas. Curiosamente aqui se chegou rapidamente à conclusão de que já se estaria a trabalhar em paralelo com as competências Compreensão e Expressão Oral.
Foi referido que este intercâmbio de comunicação, em sala de aula, deve ocorrer também no aperfeiçoamento dos textos e, igualmente, de forma sistemática, levando o aluno a reflectir sobre as suas escolhas ao nível da morfologia e da sintaxe e a saber aplicá-las.
A Sequência Didáctica foi o última tema a ser tratado. Tive a preocupação de dialogar, previamente, com os colegas sobre as nossas planificações e de que modo elas espelhariam as directrizes e a filosofia do Novo Programa e como poderiam ser reformuladas. Houve então espaço para se lançar e ouvir ideias até se chegar ao termo Sequência Didáctica. Quis suscitar a curiosidade e cativar a atenção. Se projectasse imediatamente os diapositivos, corria o risco dos colegas mostrarem alguma resistência e desagrado em relação a este novo modelo de trabalho e, por causa disso, perdia-se a essência de toda a informação e o objectivo que tinha para a segunda parte da sessão: a construção de uma Sequência Didáctica. À medida que ia apresentando os diapositivos, foram sendo esclarecidas dúvidas e foi-se dando ênfase a palavras-chave que seriam depois retomadas no trabalho prático. A análise da grelha foi bastante clarificadora, pois a configuração da mesma permitiu aos colegas uma visão mais abrangente e explícita da teoria acabada de ser ouvida. Mostraram apreensão pela exigência dos parâmetros/componentes e aperceberam-se logo da morosidade de tal empreendimento.
Antes de passarem à parte prática, examinamos a sequência didáctica facultada pelos formadores e a que foi elaborada em grupo, na sessão presencial.
Posso dizer que, à semelhança das outras replicações, os exemplos são extremamente importantes para que o trabalho prático seja profícuo.
Entreguei aos grupos duas grelhas (uma para os grupos do segundo ciclo, outra para os grupos do terceiro ciclo) de sequência, já com alguns dados preenchidos para melhor orientar os colegas. O trabalho correu muito bem! No final da sessão, apresentaram aquilo que fizeram, embora não tivesse dado tempo para acabar (mostraram contudo a vontade de a concluir em outra altura), foi o suficiente para confirmarem a sua enorme complexidade e morosidade. À semelhança do que se passou nesta sessão, realçaram a necessidade e a vantagem do trabalho colaborativo, que foi uma mais-valia. Afirmaram que apesar do trabalho se que avizinha, a Sequência Didáctica permitir-lhes-á conhecer de forma mais aprofundada as competências, os descritores de desempenho, “obrigá-los-á” a repensar as actividades e a pôr em prática as fases processuais das competências, dá-los-á oportunidade de serem mais criativos.

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