quarta-feira, 23 de junho de 2010

Replicação 4 - REFLEXÃO: 15 de Março

Leitura
Nesta sessão, falou-se sobre a importância da leitura. Iniciamo-la com uma breve referência aos estudos do PISA e às Recomendações da Conferência Internacional sobre o Ensino do Português. O objectivo era sensibilizar os colegas para a necessidade da mudança, relembrado o que de positivo se fazia e o que é necessário ainda fazer. Considerei que este seria um bom mote, um bom ponto de partida. Após o visionamento dos diapositivos, questionamo-nos sobre a nossa prática: que tipo de actividades, tarefas e estratégias temos implementado para tornar os nossos alunos leitores competentes e cativá-los para a leitura (que não seja a leitura obrigatória, imposta e que passe por escolhas cada vez mais exigentes e autónomas) Chegámos à conclusão de que prevalece o modelo tradicional e que nem sempre vemos a leitura como processo, mas como produto. Isto é, são poucas às vezes que atendemos às três fases da leitura. Esta não é, muitas vezes, vista como “um processo construtivo, como uma interacção produtiva do leitor com o texto e mediada pelo contexto”. E isto porquê? Talvez, na opinião da maioria, não tenhamos tempo para nos actualizarmos. Estamos demasiado afeiçoados aos manuais, à estrutura e à tipologia das actividades. Não serão desculpas? Agora temos o GIP, uma ferramenta muito importante que nos deve motivar para ler, reflectir, inovar, adequar e aplicar. Verifiquei, com grande satisfação, a abertura dos colegas para se “aperfeiçoarem” em prol dos alunos.
O isolamento no trabalho, na preparação das aulas não podem ser atitudes correntes no próximo ano, segundo os docentes. Sentiram que será necessário trabalhar em parceria e de forma concertada.
O conceito do professor-mediador trouxe alguma apreensão e muita atenção, na medida em que desconheciam o termo e queriam saber se desempenhavam, minimamente, bem este papel. Verificaram que propiciam momentos de encontro entre os livros e os alunos (leitura recreativa), mas nem sempre há lugar para a descoberta e para o diálogo, ficando assim em aberto as hipóteses interpretativas (que poderão ser válidas ou não, falta o diálogo cruzado) e a construção de sentidos vários e progressivamente mais complexos.
O Plano Nacional da Leitura suscitou grande curiosidade, já que a maioria ainda não tinha consultado o sítio. Estabelecer um Plano Anual de Leituras da Turma, tarefa feita neste dia, proporcionou aos colegas um conhecimento mais aprofundado das propostas do PNL e levou-os a indagar sobre o apetrechamento das bibliotecas e o tempo disponibilizado para trabalhar convenientemente, seguindo as directrizes do programa e do GIP da leitura. Transmiti a importância, no seguimento deste assunto, da diversificação dos textos e das actividades, atribuir-lhes sempre um sentido, um objectivo, um propósito ou a simples fruição. Um texto não pode ser objecto de todo o tipo de análise, não se deve fazer tudo com o mesmo texto.
Foi uma sessão de partilha, de reflexão, de conhecimento e de reconhecimento: é preciso “crescer”, aprender e mudar.

Sem comentários:

Enviar um comentário